O que é e-commerce e como montar um para moda
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E-commerce é um modelo de negócio que as vendas acontecem totalmente de forma virtual através da internet. A palavra vem do inglês “electronic commerce”, que significa comércio eletrônico. O tipo de comércio vai muito além da criação de um site, o modelo leva integralmente para o digital todos os processos de venda, desde a criação de interesse pelos produtos nos consumidores, passando pela venda em si, até o pós-venda e fidelização dos clientes.
Diferença do e-commerce x loja virtual x Marketplace
O processo integralmente digital é o que diferencia um e-commerce de uma loja virtual. A loja virtual é apenas um canal para vendas, enquanto o comércio eletrônico é tudo o que rodeia o comércio digital. Sendo assim, a loja é uma parcela do e-commerce.
Outro conceito que é confundido com frequência com comércio eletrônico é o Marketplace. Marketplace são plataformas online que oferecem espaço comum para divulgação e venda de produtos. Nesse sentido, esses canais fazem a intermediação do processo de venda.
Para quem deseja abrir um e-commerce é fundamental ter uma loja online ou estar presente em um Marketplace:
- A loja virtual proporciona liberdade para venda e criação de processos personalizados com o cliente.
- A desvantagem da loja é que exige uma equipe para criação do site e cuidado constante para gerar desempenho satisfatório.
- O Marketplace é uma alternativa prática para vendas e de grande visibilidade.
- Por outro lado, é engessado, pois não permite criar uma estrutura própria para vendas. Além dos concorrentes disputarem o mesmo espaço de vendas.
Como surgiram os e-commerces
O e-commerce teve seu início nos Estados Unidos, em 1995, com a Amazon e a eBay, que iniciaram sua operação comercializando livros e realizando leilões, respectivamente. Ambos logo se tornaram gigantes mundiais do segmento.
No mesmo ano, a primeira loja virtual do Brasil foi fundada. Contudo, apenas em 1999, surgiu o primeiro e-commerce brasileiro, quando a loja foi comprada, dando início a então livraria Submarino, que se tornou pioneira em comércio eletrônico.
O mercado estava ávido pela mudança. Como consequência, as ações de empresas de tecnologia receberam altos investimentos especulativos, causando uma bolha que fez com que diversas empresas quebrassem.
Entretanto, não foi o suficiente para frear o crescimento do comercio virtual. Dois anos após, o cenário do e-commerce nacional já era diferente. As ferramentas de busca começavam a abrigar banners e lojas online.
O mercado começou a se fortalecer e a confiança na nova alternativa para compras começou a subir. Em 2006, o comércio eletrônico já havia atingido mais de sete milhões de clientes virtuais, com um faturamento de R$ 4,4 bilhões.
Com a ampliação do e-commerce para os celulares, as vendas online passaram por um outro momento de expansão. O faturamento do comércio eletrônico em 2011 atingiu a marca de R$ 18,7 bilhões, um crescimento de 325% em cinco anos.
O mercado digital já projetava uma alta expressiva para os próximos anos, mas com as medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia da Covid-19 o setor foi ainda mais alavancado.
Em 2020, o e-commerce teve um faturamento de R$ 87,4 bilhões, mostrando a mudança de comportamento de compras durante a pandemia. No ano seguinte, as vendas online registraram R$ 161 bilhões em faturamento, uma alta de 84,3% em apenas um ano.
Os indicadores reforçam que as vendas online vieram para ficar em todos os setores!
Moda: a gigante do e-commerce
O e-commerce de vestuário sempre teve como principal objeção a necessidade da experiência de sentir o toque da roupa e experimentar. Contudo, com as medidas de combate à pandemia, o maior obstáculo de vender roupas online foi minimizado, já que a compra presencial também não oferecia mais esse diferencial.
Nesse momento, nasceu uma gigante do e-commerce: a moda! O setor de vestuário ocupou o primeiro lugar no ranking de produtos mais comercializados pela internet em 2021, sendo o dobro do segundo colocado, as joias e relógios. Os dados foram divulgados em artigo pelo E-commerce Brasil.
Para o CEO da marca pioneira em calças jeans modeladoras do Brasil, Marcelo Torquato, as condições durante o distanciamento social foram favoráveis para o fortalecimento do ecossistema do setor da moda.
“O e-commerce não é fácil, tem todo um ecossistema que envolve para ter um resultado”, avalia o empresário.
Marcelo pontua que outros fatores como a redução dos valores de frete, melhorias de condições de trocas e devoluções, e o fortalecimento das mídias e Marketplaces também foram pontos cruciais para o e-commerce de vestuário se destacar nos últimos três anos.
Contudo, o CEO da Pit Bull Jeans pontua que mesmo com os avanços para venda de roupas pela internet, o diferencial para o mercado é outro.
“O segredo começa no produto. Se você errar no produto, você já dá o tiro errado. Para reverter isso é muito complicado”, reforça Marcelo.
A dica de Marcelo é certeira! Com mais de 24 anos de mercado, a empresa de vestuário gerenciada pelo CEO, a Pit Bull Jeans, passou por todas as etapas de evolução do e-commerce no país e as projeções para a marca são de expansão contínua, justamente por conta da qualidade dos produtos.
A moda atingiu um patamar acelerado de crescimento e é o principal segmento de atuação dos empresários virtuais, como confirma a 2ª Pesquisa do Varejo Online, realizada pelo Sebrae e o E-commerce Brasil. Por isso, separamos dicas certeiras de como montar um e-commerce de moda.
Dicas certeiras para montar um e-commerce de moda de sucesso:
- Defina qual o perfil do seu cliente e preocupe-se em entender as dores dele.
- Faça pesquisas de mercado.
- Crie um produto com diferencias que solucionem as principais necessidades do seu público.
- Produza conteúdos de qualidade.
- Invista em marketing.
- Preocupe-se em mostrar os diferenciais da sua marca.
- Ofereça um atendimento personalizado.
- Garanta entregas e tenha uma logística qualificada.
- Fidelize seus clientes.
- Entenda seus resultados.
O full manager especialista em e-commerce da marca de jeans empina bumbum que mais cresceu nos últimos 20 anos, Thiago Araújo, constata:
“O comércio eletrônico envolve uma série de processos para entender e implementar ações totalmente alinhadas com as necessidades e motivações das pessoas”, analisa Thiago.
Na hora de gerenciar um e-commerce, Thiago destaca que a grande dica é saber como fazer um bom tráfego, ou seja, direcionar a movimentação de usuários que navegam nas páginas da internet para o seu site, seja de forma paga ou orgânica.
Faça tráfego pago e orgânico para potencializar resultados
Tráfego são as visitas que um determinado site recebe, podendo ser pago ou orgânico. O pago são os visitantes que chegam no site através de anúncios ou mídias pagas. Já o orgânico são as pessoas que chegaram de forma natural no site por meio de buscadores de pesquisa.
Como fazer tráfego pago:
O especialista em e-commerce reforça que existem dois principais canais para fazer anúncios pagos para levar clientes até um site: o Meta Ads, onde hospeda as publicidades do Instagram e Facebook, e o Google Ads.
As principais estratégias pagas que potencializam a entrada de pessoas no site são:
- Estabelecer verba para investir na criação e impulsionamento de campanhas.
- Definir níveis do funil de vendas que acompanham o comportamento de compra do cliente.
- Criar anúncios voltados para todos os estágios de compra (camadas do funil).
- Gerar campanhas no Google Ads e no Instagram/Facebook que se complementam.
- Determinar Indicadores (KPIs).
- Acompanhar o desempenho das campanhas.
Como fazer tráfego orgânico:
“O tráfego orgânico é um trabalho conceitual. Não é o investimento em si, mas o contexto”, reforça Thiago. Nesse tipo de tráfego, o Google entrega o melhor conteúdo disponível na internet.
O especialista em e-commerce reforça que para ter o melhor conteúdo é essencial adotar algumas estratégias:
- Entenda o que o seu cliente busca e como se comporta nos mecanismos de busca.
- Crie conteúdos diversificados e de qualidade para potencializar sua presença digital.
- Utilize técnicas para otimizar conteúdos.
- Produza chamadas para levar pessoas que se identificam com as soluções da empresa para o seu site.
- Invista em marketing emocional para atrair público.
- Quebre objeções de compra com abordagem racional para vender mais.
Agora que você já sabe o que é um e-commerce e como criar um para moda, está na hora de botar a mão na massa! Para saber mais sobre conteúdos de Fashion Business, continue nos acompanhando aqui no blog e nas redes sociais @pitbulljeansoficial.
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